domingo, 22 de janeiro de 2012

Diferente da maioria das vezes...

O blog é assim...
Tem de tudo um pouco!

Diferente da maiorida dos posts que divido com vocês, com fotinhos, momentos e tal...
hoje resolvi dividir aqui minhas reflexões!

Em dezembro de 2002, quando me formei, o paraninfo da minha turma, professor Julio Mahfus fez um discurso tão marcante, que nunca mais esqueci! Na época, degravei todo discurso... e tenho ele registrado nos meus arquivos até hoje. Nesses anos todos, já perdi a conta de quantas vezes reli o texto, e do quanto me "clareiam" as coisas, cada vez que faço isso.

Hoje entendo mais dessas palavras... e infelizmente o tempo da ingenuidade já parece distante. A vida se mostra mais dura do que há dez anos atrás, as decepções mais numerosas e mais significativas, os tombos, parecem maiores... mas o aprendizado, é proporcionamente maior também!

Retirei alguns trechos do discurso, pra quem quiser provar um pouco dessas sábias palavras! Exatamente hoje, neste domingo, mais uma vez, esses ensinamentos estão fazendo parte da minha reflexão, da minha conversa comigo mesma, enquanto o mate me faz companhia...

BOA LEITURA!!!

... que tenhamos a consciência de que não há a menor chance de um indivíduo ser feliz, se não houver uma grande dose de paixão naquilo que ele faz. Aliás, acredito no amor e no trabalho, como as únicas formas capazes de conduzir o homem à perspectiva de felicidade.

... que tenhamos o cuidado e a cautela necessários, porque precisamos admitir, que o homem comum, na luta pela sobrevivência, não é o animal mais digno que se pode encontrar.

... que tenhamos bom senso, para dar aos mais humildes e desprovidos, a oportunidade de revelar seus corações grandes e generosos, porque ele geralmente sobrevive intacto ao cinismo e a dissimulação que caracterizam o homem chamado civilizado.

... que sejamos sempre otimistas, ou que, urgentemente consigamos aprender a sê-lo, especialmente na solução de problemas, pois não há nada mais desesperador que um pessimista na resolução de uma dificuldade (o que de certa forma pode traduzir incompetência). Ah!!! E quando cruzarem com esse tipo de pessoas, procurem convencê-las de que precisam de ajuda.

... Existe uma história, de que o poeta Rainier Maria Heel, já bem velhinho, todas as tardes circundava o quarteirão acompanhado de sua secretária e, sistematicamente, jogava uma moeda para uma mendiga que esmolava na esquina. Um dia, tendo ganho um buquê de rosas e não dispondo de uma moeda, arriscou-se em jogar-lhe uma rosa. A mendiga, perplexa, apanhou a flor, carregou suas coisas e desapareceu. Nos três dias que se seguiram, o poeta procurou pela mendiga, mas essa procura foi em vão. No quarto dia, lá estava ela, na mesma esquina, lamuriante. A secretária perguntou ao poeta: Do que ela teria vivido nesses últimos três dias? E o poeta respondeu: Do significado da rosa.

... Essa história, que é um hino de sensibilidade, digno de um grande poeta, se repete todos os dias na vida dos pobres e humildes que transitam muitas vezes próximos a nós, próximos ao nosso dia-a dia. Essas pessoas, são mendigos da esperança. Convivendo com a ausência de futuro, muitos deles precisam, para continuarem vivos, apenas de alguém que seja capaz de compreender o significado de uma rosa.

... que saibamos admirar a beleza. Mas principalmente, que consigamos curtir as pessoas que cativam sem serem bonitas, porque elas possuem a única forma de encanto que não envelhece.

... que possamos admirar as pessoas que acampam em lugares ermos e caminham em praias desertas, e parecem genuinamente felizes.

... que saibamos respeitar, no entanto, as almas inquietas que descobriram que a felicidade não significa, obrigatoriamente, estar em paz, mas antes, um ponto de equilíbrio num máximo de tensão. Procuremos entendê-los, e tenhamos a sabedoria de não tentar modificá-los.

... que tenhamos pena e saibamos perdoar as pessoas que não suportam o sucesso dos outros, porque elas são cansativas, e se martirizam, e gastam na inveja toda a energia que poderia torná-las mais interessantes.

...que possamos descobrir antes de demasiados velhos, que só nos tornamos verdadeiramente maduros quando conseguimos festejar as conquistas alheias.

... que não sejamos exageradamente duros com os omissos, os irresponsáveis. Eles já estão suficientemente punidos, porque sabem exatamente aquilo que são, e tem alguma idéia do que poderiam ter sido.


... que sejamos complacentes com as pessoas que aceitaram muitos favores e ostentam um sorriso pela metade, porque elas tem a alma triste, e descobriram que só as pessoas independentes podem ser completamente sinceras.

... que tenhamos pena dos que não dizem o que pensam por medo do futuro, e que possamos acreditar que a coragem é a mais importante das virtudes humanas e que sem ela, seremos, no máximo, quase felizes, porque nunca arriscamos nada.

... que possamos valorizar a alegria e o riso, para perceber que nem todas as pessoas inteligentes têm senso de humor, mas que todas as que tem senso de humor são inteligentes.

... que saibamos evitar os que não riem nunca, e os que riem sempre, pois eles são modelos de rigidez afetiva. Procuremos manter distância das pessoas rígidas, porque elas não acrescentam nada e parecem meio mortas, e é provável que estejam completamente.

... que consigamos amar com força e todos os dias, e consolar as pessoas que nunca se apaixonam. Que não sejamos capazes de simular afeto, nem fazer demasiadas concessões, e não desistamos da felicidade, pois assim, poderemos descobrir antes de envelhecer, que lutar permanentemente por ela, é o único jeito de mantê-la por perto.

Espero que tenham gostado.
Obrigada professor Júlio Mahfus!

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